Levantei-me, como de costume nos 2 últimos dias, com os seus berrinhos de quem acha que é único no mundo.
Escolhi a roupa e vesti-me sozinho, "já és crescidinho", até parecia estar a ouvi-la. Fui para a cozinha. Agarrei no banco que estava por baixo da mesa, pus-me em cima dele. Peguei na tijela e pu-la na mesa.
O choro já tinha acalmado, que bom!
Fui buscar o leite ao frigorífico. Enquanto a tijela com o leite aquecia no micro-ondas, agarrei novamente no banco e fui buscar os cereais.
- Bom dia filho - ouvi a voz estremunhada do meu pai. Bom dia, respondi.
O choro recomeça.
Olho para o relógio pendurado na parede. Dez minutos ou perco a carrinha. Como a correr. Apanho a mochila. Dou um beijo ao meu pai. Vou ao quarto, dou um beijo na testa da minha mãe e depenico um beijo na cabeça careca.
- Até logo querido, porta-te bem. Aqueles olhos encovados e a sua tentativa de sorriso enfurecem-me.
Desço as escadas de 4 a 4. A carrinha já lá está. O Sr. Alexandre deita-me o olhar reprovador do costume, enquanto aponta para o gigantesco relógio que está mesmo por cima do pára-brisas. Olho para a parte de trás e fico mais bem disposto. Está lá a malta toda com o baralho de cartas em punho.
14Fevereiro2009
sábado, 14 de fevereiro de 2009
O bolo da Joana
A Joana queria fazer um bolo
e foi perguntar ao pai onde estavam os ingredientes,
o pai da Joana disse que não sabia e que ia perguntar à mulher.
O pai da Joana foi dizer à mulher que a Joana queria fazer um bolo e perguntou onde estavam os ingredientes,
a mulher do pai da Joana disse que não sabia e que ia perguntar à irmã.
A irmã da mulher do pai da Joana disse que não sabia e que ia perguntar à prima.
A prima da irmã da mulher do pai da Joana disse que não sabia e que ia perguntar à tia.
A tia da prima da irmã da mulher do pai da Joana disse que não sabia e que ia perguntar à mãe.
A mãe da tia da prima da irmã da mulher do pai da Joana foi buscar os ingredientes
que os entregou à filha
que os entregou à sobrinha
que os entregou à prima
que os entregou à irmã
que os entregou ao marido
que os foi entregar à filha Joana.
Mas a Joana tanto tempo esperou que adormeceu.
14Fevereiro2009
e foi perguntar ao pai onde estavam os ingredientes,
o pai da Joana disse que não sabia e que ia perguntar à mulher.
O pai da Joana foi dizer à mulher que a Joana queria fazer um bolo e perguntou onde estavam os ingredientes,
a mulher do pai da Joana disse que não sabia e que ia perguntar à irmã.
A irmã da mulher do pai da Joana disse que não sabia e que ia perguntar à prima.
A prima da irmã da mulher do pai da Joana disse que não sabia e que ia perguntar à tia.
A tia da prima da irmã da mulher do pai da Joana disse que não sabia e que ia perguntar à mãe.
A mãe da tia da prima da irmã da mulher do pai da Joana foi buscar os ingredientes
que os entregou à filha
que os entregou à sobrinha
que os entregou à prima
que os entregou à irmã
que os entregou ao marido
que os foi entregar à filha Joana.
Mas a Joana tanto tempo esperou que adormeceu.
14Fevereiro2009
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Roberto ficou feliz novamente
Roberto era um lápis de cor. Vivia feliz. Um dia, o lápis Zé, para arreliá-lo, disse-lhe: - Já reparaste que verdes são as folhas e a relva, azul é o céu, brancas são as nuvens, castanhos são os troncos das árvores? Por isso é que nós somos pequenos e tu és grande. Não há quase o que pintar contigo. Roberto ficou muito triste ao ouvir estas palavras, mas sabia que o Zé tinha razão.
Um dia, ouve-se uma voz de menina: - Mas onde está o cor-de-rosa? Ah, cá estás! És a cor mais linda do mundo.
Roberto ficou feliz novamente.
Revisto em 6Fevereiro2009
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