quinta-feira, 23 de julho de 2009

continuação

Jogámos às copas. É um jogo que demora o mesmo tempo que a carrinha a chegar à escola. Saímos todos em grande algazarra. Ela estava no sítio do costume, olhava-me através daquele azul profundo dos seus olhos. Corei.

Subi as escadas que iam dar à sala de aula. A professora já estava sentada. De jornal empunhado, ia espreitando os alunos que entravam com ar espantado. Ouvia-se um burburinho dentro daquelas 4 paredes. Depois de estarmos todos na sala, o burburinho elevou-se. De repente, ouve-se um farfalhar de jornal. Todos se assustaram, e houve um silêncio gelado. Mas a Marta sorria. Eram assim as nossas aulas, todos os dias no princípio, no meio ou no fim a Marta fazia-nos sempre uma surpresa.

Depressa foi o intervalo. O Tomé levou uma bola.

12Julho2009