Era uma vez uma menina chamada Maria. A menina Maria era uma menina muito feia.
Ela era muito feia porque fazia muitas birras para dormir e para comer.
Um dia a menina Maria percebeu que se dormisse bem acordava bem disposta, tinha mais vontade de comer sem fazer birras e de dormir novamente.
Assim a menina Maria passou a ser uma menina bonita, adormecia sem birras, comia sem birras e era feliz.
Era uma vez uma menina chamada Inês. A menina Inês era irmã da menina Maria. A menina Inês tinha 7 anos e a menina Maria tinha 3. A menina Inês ficou muito contente quando a irmã Maria deixou de fazer birras, porque assim brincava muito mais com ela pois não havia tantas birras.
Prós Pequenitos
segunda-feira, 4 de junho de 2012
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
2
O dia passou-se normalmente. A professora de inglês fez um número cómico na aula, é uma professora de quem eu gosto muito, sempre bem disposta e muito boa professora, com ela dá vontade de ir para as aulas e aprendemos imenso.
Chegadas as 6h. comecei a a ficar tenso. A carrinha estava quase a sair.
Cheguei a casa, tive uma recepção tão boa, que quase me esqueci que a minha vida tinha mudado. Fui fazer panquecas para o jantar com a minha mãe. Já tínhamos a sequência quase automática, embora não o fizéssemos há uns meses. Quando a minha mãe acabava de pegar no garfo para bater a massa, os ovos, o leite e demais ingredientes já estavam mesmo ao lado da taça. Quando a massa estava batida, já a frigideira estava quente. Hoje tive as honras, pela primeira vez, de fazer as panquecas eu! Quando a panqueca caiu direitinha na frigideira, depois de ter dado uma volta no ar, tive direito a palmas.
Mas logo de seguida, tudo esmoreceu... os berrinhos voltaram, a minha mãe voltou a ter a cara empedernida e eu fiquei novamente desamparado. Obtive um: - Tu consegues acabar, confio em ti! - mas com um sorriso já muito distante.
-Eu sei que consigo, pensei eu e fui sentar-me no sofá da sala a ver tv. O meu dia tinha acabado.
O meu pai chegou, deu-me um olá com um cheira muito bem na expressão mas nem entrou na sala, dirigiu-se logo para o quarto do meu irmão, a quem ainda ouviu uns berros, mesmo antes deste começar a mamar.
Daí para a frente foi o costume: - Já és crescido. Os meninos desta idade não se portam assim. Não percebo o que é que se passa contigo. Chiu faz pouco barulho que o teu irmão está a tentar dormir. Vai já para a cama, se não te sabes portar, vais dormir para ver se te acalmas.
E não vale a pena dizer nada. É pior. Tenho de aguentar a minha sina.
29Dezembro2010
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Amélia
Amélia olhou para a mãe. Contraiu os lábios, semicerrou os olhos e as suas sobrancelhas imediatamente adoptaram a foma de V. Ficou assim uns segundos, à espera que a mãe captasse bem a sua expressão, passando logo de seguida para a sua segunda expressão preferida, arqueou as sobrancelhas, e por entre os lábios carnudos saíu uma língua esticada. a acompanhar o rabo deu um trejeito de lado.
Começava bem esta manhã...
Começava bem esta manhã...
quinta-feira, 23 de julho de 2009
continuação
Jogámos às copas. É um jogo que demora o mesmo tempo que a carrinha a chegar à escola. Saímos todos em grande algazarra. Ela estava no sítio do costume, olhava-me através daquele azul profundo dos seus olhos. Corei.
Subi as escadas que iam dar à sala de aula. A professora já estava sentada. De jornal empunhado, ia espreitando os alunos que entravam com ar espantado. Ouvia-se um burburinho dentro daquelas 4 paredes. Depois de estarmos todos na sala, o burburinho elevou-se. De repente, ouve-se um farfalhar de jornal. Todos se assustaram, e houve um silêncio gelado. Mas a Marta sorria. Eram assim as nossas aulas, todos os dias no princípio, no meio ou no fim a Marta fazia-nos sempre uma surpresa.
Depressa foi o intervalo. O Tomé levou uma bola.
12Julho2009
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Levantei-me, como de costume nos 2 últimos dias, com os seus berrinhos de quem acha que é único no mundo.
Escolhi a roupa e vesti-me sozinho, "já és crescidinho", até parecia estar a ouvi-la. Fui para a cozinha. Agarrei no banco que estava por baixo da mesa, pus-me em cima dele. Peguei na tijela e pu-la na mesa.
O choro já tinha acalmado, que bom!
Fui buscar o leite ao frigorífico. Enquanto a tijela com o leite aquecia no micro-ondas, agarrei novamente no banco e fui buscar os cereais.
- Bom dia filho - ouvi a voz estremunhada do meu pai. Bom dia, respondi.
O choro recomeça.
Olho para o relógio pendurado na parede. Dez minutos ou perco a carrinha. Como a correr. Apanho a mochila. Dou um beijo ao meu pai. Vou ao quarto, dou um beijo na testa da minha mãe e depenico um beijo na cabeça careca.
- Até logo querido, porta-te bem. Aqueles olhos encovados e a sua tentativa de sorriso enfurecem-me.
Desço as escadas de 4 a 4. A carrinha já lá está. O Sr. Alexandre deita-me o olhar reprovador do costume, enquanto aponta para o gigantesco relógio que está mesmo por cima do pára-brisas. Olho para a parte de trás e fico mais bem disposto. Está lá a malta toda com o baralho de cartas em punho.
14Fevereiro2009
Escolhi a roupa e vesti-me sozinho, "já és crescidinho", até parecia estar a ouvi-la. Fui para a cozinha. Agarrei no banco que estava por baixo da mesa, pus-me em cima dele. Peguei na tijela e pu-la na mesa.
O choro já tinha acalmado, que bom!
Fui buscar o leite ao frigorífico. Enquanto a tijela com o leite aquecia no micro-ondas, agarrei novamente no banco e fui buscar os cereais.
- Bom dia filho - ouvi a voz estremunhada do meu pai. Bom dia, respondi.
O choro recomeça.
Olho para o relógio pendurado na parede. Dez minutos ou perco a carrinha. Como a correr. Apanho a mochila. Dou um beijo ao meu pai. Vou ao quarto, dou um beijo na testa da minha mãe e depenico um beijo na cabeça careca.
- Até logo querido, porta-te bem. Aqueles olhos encovados e a sua tentativa de sorriso enfurecem-me.
Desço as escadas de 4 a 4. A carrinha já lá está. O Sr. Alexandre deita-me o olhar reprovador do costume, enquanto aponta para o gigantesco relógio que está mesmo por cima do pára-brisas. Olho para a parte de trás e fico mais bem disposto. Está lá a malta toda com o baralho de cartas em punho.
14Fevereiro2009
O bolo da Joana
A Joana queria fazer um bolo
e foi perguntar ao pai onde estavam os ingredientes,
o pai da Joana disse que não sabia e que ia perguntar à mulher.
O pai da Joana foi dizer à mulher que a Joana queria fazer um bolo e perguntou onde estavam os ingredientes,
a mulher do pai da Joana disse que não sabia e que ia perguntar à irmã.
A irmã da mulher do pai da Joana disse que não sabia e que ia perguntar à prima.
A prima da irmã da mulher do pai da Joana disse que não sabia e que ia perguntar à tia.
A tia da prima da irmã da mulher do pai da Joana disse que não sabia e que ia perguntar à mãe.
A mãe da tia da prima da irmã da mulher do pai da Joana foi buscar os ingredientes
que os entregou à filha
que os entregou à sobrinha
que os entregou à prima
que os entregou à irmã
que os entregou ao marido
que os foi entregar à filha Joana.
Mas a Joana tanto tempo esperou que adormeceu.
14Fevereiro2009
e foi perguntar ao pai onde estavam os ingredientes,
o pai da Joana disse que não sabia e que ia perguntar à mulher.
O pai da Joana foi dizer à mulher que a Joana queria fazer um bolo e perguntou onde estavam os ingredientes,
a mulher do pai da Joana disse que não sabia e que ia perguntar à irmã.
A irmã da mulher do pai da Joana disse que não sabia e que ia perguntar à prima.
A prima da irmã da mulher do pai da Joana disse que não sabia e que ia perguntar à tia.
A tia da prima da irmã da mulher do pai da Joana disse que não sabia e que ia perguntar à mãe.
A mãe da tia da prima da irmã da mulher do pai da Joana foi buscar os ingredientes
que os entregou à filha
que os entregou à sobrinha
que os entregou à prima
que os entregou à irmã
que os entregou ao marido
que os foi entregar à filha Joana.
Mas a Joana tanto tempo esperou que adormeceu.
14Fevereiro2009
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Roberto ficou feliz novamente
Roberto era um lápis de cor. Vivia feliz. Um dia, o lápis Zé, para arreliá-lo, disse-lhe: - Já reparaste que verdes são as folhas e a relva, azul é o céu, brancas são as nuvens, castanhos são os troncos das árvores? Por isso é que nós somos pequenos e tu és grande. Não há quase o que pintar contigo. Roberto ficou muito triste ao ouvir estas palavras, mas sabia que o Zé tinha razão.
Um dia, ouve-se uma voz de menina: - Mas onde está o cor-de-rosa? Ah, cá estás! És a cor mais linda do mundo.
Roberto ficou feliz novamente.
Revisto em 6Fevereiro2009
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