Chegadas as 6h. comecei a a ficar tenso. A carrinha estava quase a sair.
Cheguei a casa, tive uma recepção tão boa, que quase me esqueci que a minha vida tinha mudado. Fui fazer panquecas para o jantar com a minha mãe. Já tínhamos a sequência quase automática, embora não o fizéssemos há uns meses. Quando a minha mãe acabava de pegar no garfo para bater a massa, os ovos, o leite e demais ingredientes já estavam mesmo ao lado da taça. Quando a massa estava batida, já a frigideira estava quente. Hoje tive as honras, pela primeira vez, de fazer as panquecas eu! Quando a panqueca caiu direitinha na frigideira, depois de ter dado uma volta no ar, tive direito a palmas.
Mas logo de seguida, tudo esmoreceu... os berrinhos voltaram, a minha mãe voltou a ter a cara empedernida e eu fiquei novamente desamparado. Obtive um: - Tu consegues acabar, confio em ti! - mas com um sorriso já muito distante.
-Eu sei que consigo, pensei eu e fui sentar-me no sofá da sala a ver tv. O meu dia tinha acabado.
O meu pai chegou, deu-me um olá com um cheira muito bem na expressão mas nem entrou na sala, dirigiu-se logo para o quarto do meu irmão, a quem ainda ouviu uns berros, mesmo antes deste começar a mamar.
Daí para a frente foi o costume: - Já és crescido. Os meninos desta idade não se portam assim. Não percebo o que é que se passa contigo. Chiu faz pouco barulho que o teu irmão está a tentar dormir. Vai já para a cama, se não te sabes portar, vais dormir para ver se te acalmas.
E não vale a pena dizer nada. É pior. Tenho de aguentar a minha sina.
29Dezembro2010
2 comentários:
Vou jantar panquecas! eheheh
E vais fazê-las com a tua filha mais velha?
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