sexta-feira, 30 de maio de 2008

O Lápis Roberto

Era uma vez um lápis de cor chamado Roberto. O lápis Roberto tinha muito orgulho na sua cor, era da cor mais bonita que existia, cor-de-rosa. Cor-de-rosa era a cor das flores. Não se lembrava que mais na natureza pudesse ser cor-de-rosa, mas também não lhe interessava. O lápis cor-de-rosa Roberto adorava a sua cor.
Roberto vivia numa caixa de lápis juntamente com outros lápis de cor. De todos era o maior e sentia muito orgulho nisso. Uma vez, o Zé, o lápis de cor verde riu-se dele. – Já viste Roberto, tu és grande porque ninguém pinta contigo. Eu sou pequenino porque a relva é verde, as folhas das árvores são verdes. O azul também está pequeno porque o céu é azul. Até o branco, repara, até o branco está mais gasto que tu, porque serve para fazer as nuvens e pôr algumas cores mais claras.
O lápis Roberto ficou muito triste depois de ouvir estas palavras maldosas. No fundo, no fundo, ele concordava com o que dizia o seu colega da caixa de lápis. Mas o que poderia fazer? Gostava sempre de pensar que não havia flores verdes, nem azuis. Cor-de-rosa era uma cor única!
Um dia, Roberto e os seus colegas acordaram repentinamente. A sua caixa estava a ser fortemente abanada. A tampa abriu-se entrando muita luz pela caixa adentro, ao início eles nem conseguiam ver tanta era a claridade. Depois foram lançados para o chão um a um.
Quem ficava na caixa já estava com medo, pois ouvia os gritos dos colegas ao caírem no chão. Roberto tremia de medo, quando sentiu 2 dedos agarrarem-no com tanta força que quase o espremiam. Mas não caiu, ao invés do que esperava, e ouviu assim uma voz de menina:
- Ah, aqui está o cor-de-rosa. A cor mais bonita do mundo.
E o Roberto ficou feliz para sempre.

28Maio2008

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